terça-feira, 5 de agosto de 2008

Texto 08 - Ideologia, atuação museológica e desenvolvimento latino-americano

A autora entende que é necessário o questionamento à natureza dos acervos antes de expô-los, já que eles comumente legitimam uma versão manipulada da história de um povo. Cabe aos profissionais dos museus “conduzir o público a uma revisão dos conceitos” , através de serviços educativos e mostras temáticas.
A partir das associações entre poder real, burguesia e clero, formou-se uma população não preparada para pensar criticamente cooperando com os interesses hegemônicos e negligenciando sua própria importância/ valor cultural.
Esta população encontra no museu:
“um acervo cuidadosamente conservado e exposto com apuro técnico o qual lhe é, quase sempre em sua totalidade estranho, mas que transmite a idéia de que é importante porque esteve associado à pessoas e fatos importantes.”
Normalmente não há preocupação com o uso da informação intrínseca ao acervo, pelos profissionais de Museu, ou se o objeto servirá de suporte para um questionamento da realidade social em função de seu desenvolvimento, como foi discutido em Santiago do Chile, 1972.
Entendendo que o patrimônio cultural discutido no presente para o futuro está atrelado com o desenvolvimento social da nação, tem o museólogo uma função chave: gerir este patrimônio.
O serviço educativo do Museu tem então uma função política, já que o homem entende-se a partir da sua percepção crítica do meio que esta atividade museológica proporciona.
“Espaços privilegiados de comunicação pela tridimensionalidade que contêm a qual fascina as gerações formadas num mundo imagético os Museus não podem e não devem ser deixados nas mãos somente de pesquisadores e educadores preocupados com a contextualização imediata do objeto: precisam de um profissional consciente de sue papel reordenador dos fatos humanos.”

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